Publicação: 14/06/2012 20:44Atualização: 14/06/2012 20:46
Faixa exclusiva de ônibus da W3 Sul fica lotada em horário de pico, enquanto as outras duas ficam livres, segundo leitores |
Marco de Vito mora próximo à via W3 Sul e afirma que usa o ônibus por opção, porque acredita o transporte público colabora com o meio ambiente. Porém, para ele, o serviço prestado no DF não incentiva o cidadão a utilizá-lo. “Os ônibus lotam a faixa. No horário de pico, ela fica parada. Eu que pegava ônibus, agora pego meu carro, já que a faixa de ônibus não flui”, relata Vito.
Uma outra usuária dos coletivos na W3, que preferiu não se identificar, afirma já ter se atrasado para muitos compromissos depois que a faixa exclusiva começou a funcionar. ”Está impossível se locomover na W3 Sul, não se chega mais na hora em nenhum lugar", reclama.
A faixa exclusiva da W3 Sul começa no Setor de Rádio e Televisão Sul (702 Sul) e vai até o Setor Hospitalar Sul (716 Sul). É na altura da 510 Sul, sentido Setor Hospitalar, que pode-se observar ônibus parados pelo trânsito das 18h até às 19h, todos os dias, em uma fila que chega à 716 Sul, de acordo com passageiros. O trânsito nesse horário de pico pode chegar a quase 3 km de extensão.
Vito contou à reportagem que enquanto o fluxo fica parado alguns motoristas "descem do ônibus para fumar um cigarro". As reclamações da população vão desde a demora em voltar para casa, até consequências mais graves, como a perda de um voo, ou até mesmo não conseguir chegar ao Setor Hospitalar.
Outro lado
Para Lúcio Lima, diretor técnico de Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), o problema na W3 Sul começou depois que foi implantada a faixa exclusiva no Setor Policial Sul, há 11 dias. Lima sugere que duas hipóteses podem estar causando esse engarrafamento. "Ou a população ainda não se adaptou, ou houve erro de cáculos por parte do DFTrans, que terão que ser ajustados. No primeiro momento não pensamos em abandonar o uso da faixa, mas fazer os ajuste para melhorar o uso".
O diretor lembrou que a faixa colocada nas Estradas Parque Núcleo Bandeirantes (EPNB) também causou problemas nos primeiro dias, "mas que agora o trânsito parece estar normalizado", diz.
Nesta quarta-feira (13/6), o DFTrans conversou com engenheiros do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF ) e afirmou que vão ser encontradas soluções para resolver o problema. O local próximo ao Setor Hospitalar ainda possui o desvio das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o que também contribui para agravar o trânsito.
Multas
Cerca de 450 ônibus circulam pela W3 Sul diariamente, segundo o DFTrans. A pista da direita da via deve ser utilizada apenas por ônibus, táxis e veículos escolares. Os coletivos que invadirem as outras duas faixas estão sujeitos à punição, com multa de R$ 85,13, além de quatro pontos na carteira.
Os carros só podem cruzar o lado direito da via para ter acesso às quadras onde a faixa não for contínua. A multa para os condutores que invadirem a faixa é de R$ 53,21, mais três pontos na carteira.
As faixas exclusivas já foram implementadas na EPNB, nas Estradas Parque Taguatinga (EPTG), na W3 Sul e Norte e no Setor Polical Sul. O Governo do DF pretende instalar corredores na Avenida Hélio Prates, em Taguatinga, no Eixo Monumental e na Estrutural.
É Lógica: se todos largarem o carro e pegar esses ônibus sucateados, não haverá transporte suficiente para todos.
ResponderExcluirSetor Hospitalar Sul
ResponderExcluirJá faz duas semanas que o Setor Hospitalar Sul está intransitável a partir das 16 hs.
Será que os ‘engenheiros de trânsito’ do DETRAN não previram que aquele setor ficaria congestionado por conta das faixas exclusivas de ônibus da W3 e Setor Policial Sul? O SHS não pode ficar intransitável, pois é o setor dos grandes hospitais de Brasília, é entrada e saída de ambulâncias, pessoas doentes chegando e saindo, tem que ficar com o tráfego o mais livre possível.
Se o DETRAN-DF e as autoridades do DFTRANS acham que pintando faixas e dificultando o trânsito de veículos, as pessoas vão largar os carros e pegar esse transporte sucateado de Brasília eles estão cometendo um grande erro, as autoridades poderiam, pelo menos, copiar e adaptar as soluções com o transporte coletivo como fizeram Curitiba e Goiânia.
Haja paciência.