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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Após três dias, termina greve dos rodoviários no DF


Categoria terá 10% de reajuste salarial e 11% do tíquete alimentação.
Retorno ao trabalho é imediato; governo diz que não foi omisso.

Isabella Calzolari e Mateus RodriguesDo G1 DF
Rodoviários do DF durante assembleia sobre greve por reajuste (Foto: Isabella Calzolari/G1)Rodoviários do DF durante assembleia sobre greve por reajuste (Foto: Isabella Calzolari/G1)
Rodoviários do Distrito Federal encerraram na tarde desta quarta-feira (10) a greve iniciada na última segunda-feira (8) por reajuste salarial. A paralisação teve fim depois que motoristas, cobradores e as empresas de ônibus chegaram a um acordo sobre o percentual de aumento, que será de 10% no salário e 11% no tíquete alimentação e na cesta básica.

A paralisação afetou 1 milhão de passageiros diariamente em todas as regiões do DF. O sistema de transporte da capital conta com 12 mil rodoviários. O salário de um motorista de ônibus é R$ 1.928 e o de um cobrador, R$ 1.008. As negociações com as empresas começaram em abril.
A volta ao trabalho é imediata, segundo o Sindicato dos Rodoviários. O presidente da entidade, João Osório, informou que o sistema será totalmente normalizado nesta quinta-feira (11).

Inicialmente, a categoria reivindicava 20% de aumento no salário e 30% no tíquete alimentação e plano de saúde familiar. As empresas ofereceram 8,34% de reajuste nos salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

A proposta sobre reajuste no plano de saúde não entrou no acordo. As empresas aceitaram pagar dois meses do benefício aos trabalhadores afastados por saúde.

A reunião entre os dirigentes do sindicato e a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (Abratup) durou cerca de cinco horas. Os secretários de Mobilidade, Carlos Tomé, e de Relações Institucionais, Marcos Dantas, deram anuência ao acordo.

Mais cedo, uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho entre rodoviários e as empresas terminou sem acordo. A categoria descumpriu liminar do TRT, que determinava que 70% da frota rodasse no horário de pico (5h às 9h30, das 11h às 13h e das 15h às 19h30) e 50% no entrepico mesmo durante a paralisação. O TRT havia determinado multa diária por descumprimento da decisão de R$ 100 mil.

Mesmo com o acordo entre as partes, a discussão sobre a legalidade da greve e a frota mínima nos dias de paralisação continua. Uma nova audiência de conciliação no TRT foi marcada para sexta-feira (12).
Segundo o secretário Carlos Tomé, como o valor acordado ultrapassa o INPC o contrato determina que o GDF participe da negociação e dê anuidade ao acordo. Ele afirmou que com o aumento salarial, o subsídio repassado às empresas será maior, mas não haverá repasse ao valor da tarifa para o usuário. "O subsídio vai ter que aumentar, mas o passageiro não vai ter a passagem alterada."

Sem omissão
O chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, afirmou nesta quarta-feira (10) que o governo não está omisso em relação à greve dos rodoviários e que as acusações são “sem sentido”. Ele disse que o GDF tenta evitar “a todo custo” mudanças que levem ao aumento de preço das passagens.
“O governo está sendo acusado de omissão. Totalmente sem sentido essa acusação. O governo está acompanhando toda a negociação, mas não é parte dessa negociação. O governo ser parte é a prática antiga, é a parte corrupta do que havia antes”, declarou. Segundo Doyle, o governo está acompanhando as reuniões “até a madrugada”.

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