05/07/2012 10h11
- Atualizado em
05/07/2012 10h44
Paralisação de 24 h afeta 600 mil pessoas; Metrô ampliou horários.
Passageiros
embarcam em tramsporte pirata no Distrito Federal nesta quinta-feira
(5), dia em que os rodoviários fazem paralisação de 24 horas (Foto:
Patrícia Alencar/G1)
A diarista Maria Lucia Conceição da Silva, 44 anos, disse que pagou R$ 5
para ir de São Sebastião, onde mora, para a rodoviária. Ela trabalha no
Gama Oeste. "Agora os piratas estão cobrando até R$ 15 pela a viagem.
Isso é um absurdo. O pior é que ganho R$ 80 pelo dia de trabalho e
ninguém vai me pagar esse prejuízo." A passagem de ônibus custa R$ 3.O porteiro José Valdi de Oliveira, 56 anos, que trabalha na 106 Norte, aguardava na rodoviária do Plano Piloto há quase três horas uma forma de voltar para casa. "Estou desde as 6h esperando um ônibus para ir para o Recanto das Emas. Já são 8h50 e não tenho previsão de chegar em cada depois de uma noite inteira de trabalho. Isso é uma falta de respeito com trabalhador."
O pintor Antonio Filho, que trabalha no Lago Sul, ainda tentava chegar ao trabalho na manhã desta quinta depois de pagar R$ 6 para chegar à rodoviária. "Agora os piratas estao cobrando R$ 5 até o Lago. Não tenho esse dinheiro e o pior é que vou ter o dia de trabalho cortado", disse.
O gerente de Atendimento aos Usuários do DFTrans, Pedro Menezes, orienta que os passageiros evitem o tranporte pirata. "Os veículos piratas não oferecem nenhum tipo de segurança, por isso deve ser evitado. Infelizmente, é humanamente impossível fiscalizar todo o DF durante o período de greve."
Motoristas e cobradores do Distrito Federal iniciaram nesta quinta-feira (5) uma paralisação de 24 horas pelo pagamento de um reajuste de 7,88%. Segundo o sindicato a categoria, o índice havia sido acertado em convenção coletiva e deveria começar a ser pago nos salários de maio.
Motoristas e cobradores reivindicam o pagamento de um reajuste de 7,88%. Segundo o sindicato a categoria, o índice havia sido acertado em convenção coletiva e deveria começar a ser pago nos salários de maio.
Procurado pelo G1, o Sindicato das Empresas de Transporte do DF (Setransp) não se manifestou sobre a greve até a publicação desta reportagem.
A paralisação dos rodoviários deixou os pontos de ônibus cheios. Na Rodoviária do Plano Piloto, passageiros recorriam ao transporte pirata para poder chegar ao trabalho.
Com a greve, o Metrô passou a funcionar às 5h30, meia hora antes do horário normal, e disponibilizou trens extras para os horários de pico (das 6h às 9h e das 16h30 às 20h).
O presidente do sindicato da categoria, João Osório, estima que a paralisação atinja 13 mil rodoviários, incluindo motoristas e cobradores das cooperativas de transporte. Nesta sexta (6) os motoristas e cobradores voltam a trabalhar normalmente. Está marcada para domingo (8) uma assembleia para decidir sobre uma possível greve geral da categoria.
Acordo
No ano passado, um acordo assinado entre os rodoviários e as empresas evitou a greve geral da categoria. O acordo previa reajuste de 7,88% nos salários, na cesta básica e no ticket refeição feita pelas empresas de ônibus
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