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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Arruda e mais 5 são indiciados por fraude com ônibus no DF

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda foi indiciado nesta sexta-feira por suspeita de ter ilegalmente dispensado licitação para a circulação de 1 mil ônibus em 2007. De acordo com a Polícia Civil do DF, Arruda já era acusado pelo mesmo crime por causa das investigações da Operação Drakkar 1, e voltou a ser indiciado na Operação Drakkar 2.
A irregularidade que levou aos indiciamentos ocorreu na licitação de criação da empresa Fácil, responsável por controlar a bilhetagem automática dos ônibus do Distrito Federal. Estimativas da Divisão Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública da Polícia Civil indicam que, desde 2008, R$ 14 milhões deixaram de ser repassados ao DFTrans - agência que fiscaliza a área de transporte no Distrito Federal.
Além de Arruda, foram indiciados o ex-secretário de Transportes Alberto Fraga e o ex-diretor do DFTrans Paulo Munhoz - todos também implicados na operação Drakkar 1. "Verificamos que Arruda, Fraga e Munhoz não só concederam, mas determinaram tanto o ingresso dos veículos sem licitação quanto qual deveria ser o grupo responsável pela empresa Fácil", afirmou o delegado encarregado pela operação, Flamarion Vidal.
De acordo com os investigadores, nas duas operações foram identificados 1,2 mil ônibus piratas ¿ 1 mil na Drakkar 1 e 200 na seguinte. Até a manhã desta sexta-feira, foram localizados e lacrados 168 dos 200 ônibus referentes à segunda operação. "Os ônibus piratas tinham o propósito de prejudicar cooperativas que faziam as mesmas rotas", disse Vidal. Segundo ele, a denúncia de que as empresas estavam colocando os piratas para circular partiu justamente dessas cooperativas. "Apreendemos ainda cerca de 20 ônibus que circulam desde 2009 e nunca pagaram qualquer tipo de taxa, fora a de emplacamento. Havia também veículos que circulavam com idade de fabricação superior ao limite de dez anos."
Os empresários do setor de transporte Wagner Canhedo, Victor Foresti e Eduardo Queiroz - que também eram gestores da empresa Fácil - foram indiciados pela Polícia Civil por terem colocado os ônibus piratas no sistema. Com a falta de controle por parte do Estado, há suspeitas de que as empresas deixavam de cumprir com a manutenção adequada dos veículos. "A circulação desses veículos pode implicar risco para a população, em função da falta de fiscalização pelo Estado, que abdicou do controle da frota a partir da criação da empresa Fácil, passando-o para as mãos dos próprios empresários do setor", disse Vidal.
Apesar dos desvios feitos por empresários do setor, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp) reivindica aumento superior a 50% nas tarifas de ônibus do DF, sob a alegação de que precisam recuperar as perdas dos últimos anos. Os três empresários indiciados fazem parte da atual diretoria do Setransp. Canhedo é o presidente; Foresti e Queiroz são diretores.
"Agora vamos apurar para onde foi o dinheiro desviado e quem foram os beneficiados", afirmou Vidal. Se confirmada a prática de dispensa ilegal de licitação, Arruda, Fraga e Munhoz poderão ser acusados também de peculato e de formação de quadrilha.

Um comentário:

  1. essa e so uma de muitas fraudes que eu acho que ainda vao ser descobertas.

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